sexta-feira, 4 de julho de 2008

Neste blog, você pode vasculhar as diversas lembranças deixadas no Museu por nossos visitantes. Aqui aparecem objetos que estavam em seus bolsos, ou esquecidos no fundo da mochila entre as folhas de um caderno. Quando vier ao museu, deixe a sua recordação numa caixinha e contribua para enriquecer este nosso acervo informal. Já imaginou o que poderá acontecer quando num certo dia você mostrar a seus filhos aquele fiozinho de cabelo que catou do ombro da Carol?
















“Tudo o que, pertencendo ao homem, depende do homem, serve ao homem, exprime o homem, demonstra a presença, a atividade, os gostos e as maneiras de ser do homem.”


Estes objetos, coletados pela ação educativa “Memória do Visitante”, são artefatos que fazem recordar os acontecimentos passados, e que marcam o momento da visita do jovem estudante, do turista e das demais pessoas que frequentam o Museu. Como todos os objetos, trazem a memória de seu tempo. Deixados aqui, configuram, à revelia do tempo cronológico, um pouco da identidade daqueles visitantes que foram seus donos, pois constituem códigos através dos quais podem estabelecer relações de aproximação entre Museu e individuo.


São valores subjetivos e coletivos da comunidade e do seu tempo, pois, conferem a voz não só de quem, por escolha e desejo, o deixou mas a todo indivíduo que lhe confira uma identidade.


Cada objeto deixado passa a ser parte de um acervo informal e poderá ganhar novo significado pelo visitante. Neste caso, funcionará como condutor de possíveis associações nas quais o participante da ação poderá reconhecer os aspectos individuais ou coletivos do conjunto.


O acervo, constituído pela Ação Memória do Visitante e composto por materiais diversos, muitos produzidos pela indústria do consumo, funcionará como suporte sobre o qual serão desenvolvidas e executadas ações educativas que envolvam a conservação e resistência dos materiais e a preservação ambiental, além de outras demandas que surgirem no durante o desenvolvimento do projeto.

texto: Tucha e Francisco Magalhães

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